Projetos

Pesquisa

Ativismos no feminino: corpos, políticas e criações de mundos (2023-atual)

A pesquisa investiga as variações etnográficas do ativismo feminino, considerando as distintas práticas de cuidado e modos de engajar o corpo no fazer político de mulheres indígenas, campesinas, quilombolas e com deficiência visual. O objetivo é refletir sobre a centralidade do corpo e das práticas de cuidado, vistas nos entrelaçamentos das dimensões espiritual, histórica e política, que marcam as diferentes modalidades de ação coletiva das mulheres. Com isto, interessa-nos problematizar a natureza destes ativismos. A proposta se orienta por uma antropologia engajada, alicerçada nos pressupostos da crítica feminista voltados à construção de conhecimentos posicionados.

APOIO: CNPq, Edital Universal/Grupos Emergentes. 

PESQUISADORAS: Olivia von der Weid, Graziele Dainese, Bianca Arruda Soares, Dibe Ayoub e Lauriene Saraguza.

À flor da pele: poéticas e políticas da cegueira no Brasil (2020-atual)

Projeto de pesquisa colaborativa e engajada, resultado da parceria do CONATUS/UFF com o Movimento Brasileiro de Mulheres Cegas e com Baixa-visão (MBMC). Busca descrever os modos de atuação do MBMC desenvolvendo, em parceira com mulheres que fazem parte deste coletivo, dispositivos de transformação da subjetividade e criação de sentidos estéticos e políticos da cegueira enraizados na corporalidade e na experiência de ser mulher com deficiência visual.

APOIO: Wenner-Gren Foundation.

Multiplicando corpos, expandindo mundos: deficiência, acessibilidade e inclusão (2019-2023)

O projeto aprofunda uma aproximação teórica e metodológica para compreender a diversidade da percepção e das formas humanas de estar no mundo. Propõe-se uma aproximação da deficiência pela via da corporalidade e da diferença, como modos de estar no mundo, o que permite vislumbrar, perspectivamente, possíveis desestabilizações ao modo corponormativo hegemônico. Tomando como referencial a discussão sobre deficiência e acessibilidade que emerge dos estudos sobre deficiência, antropologia da percepção e dos sentidos e na antropologia feminista, propõe-se que a acessibilidade seja considerada para além do ponto de vista material ou técnico, abrangendo práticas de acessibilidade atitudinal e estética e criando processos, produtos e tecnologias sociais capazes de auxiliar na eliminação de barreiras e promover uma cultura do acesso e da inclusão de pessoas com deficiência no campo cultural e educacional.

APOIO: FAPERJ.

Extensão

Etnografismos: linhas sensíveis do tempo presente (2020-atual)

A proposta tem por objetivo consolidar uma estratégia criativa de apoio ao exercício da pesquisa etnográfica e do ensino de antropologia em suas diferentes modalidades de atuação, na interface com outras formas corporais e criativas de expressão para além da escrita convencional acadêmica. No laboratório de experimentação, os pesquisadores e alunos envolvidos são conduzidos a produzir uma escrita afetada pelas sensações e pelo campo intensivo, aproximando as fronteiras entre o campo antropológico e artístico para o desenvolvimento de poéticas e grafias sensíveis do tempo presente. Estimulamos a produção de etnografismos, tramas coletivas (audiovisuais, gráficas, cartas, bordado, cadernos, etc.) que buscamos apresentar como resultado de uma reflexão em torno de módulos temáticos que abordam a complexidade do período histórico que atravessamos e as múltiplas camadas de deslocamento de sentidos que se produzem na experiência.

Saberes da terra e do corpo-território no fazer político de mulheres indígenas (2022-atual)

O projeto é resultado da parceria do Lab CONATUS / UFF com a Associação Comunitária Indígena Pataxó Hã hã hãe Kanã Pataxi Ui Tanara e com a Associação Paraguaçu de Mulheres Indígenas e tem por objetivo realizar atividades de reconhecimento dos saberes tradicionais de mulheres indígenas no exercício do cuidado, no cultivo da terra e nas práticas de cura, valorizando o seu papel na gestão e conservação da agrobiodiversidade e na vida comunitária de seus territórios. No âmbito deste projeto de extensão foram gerados materiais audiviosuais que constituem o início da construção de um acervo virtual da cultura e memória do povo Pataxó Hã hã hãe, com raízes na etnia Tupinambá, com ênfase nos saberes ancestrais femininos.

Ver mais em produções.

CULTURAIS

Mulheres em Movimento (2023-2024)

Assessoria no desenvolvimento de projeto e acompanhamento da execução da proposta cultural elaborada pela Associação Paraguaçu de Mulheres Indígenas ao edital Mulheres em Movimento Elas+ 2023. O apoio permitiu o desenvolvimento de ações de fortalecimento institucional e fortalecimento do ativismo da Associação, reconhecendo as práticas de cuidado como ação política central na vida e na luta das mulheres indígenas em defesa de seus territórios.

APOIO: Fundo Elas.

INTEGRANTES: Olivia von der Weid, Bianca Arruda Soares e lideranças da Associação Paraguaçu de Mulheres Indígenas.

Contribuições dos saberes ancestrais femininos ao bicentenário da independência do Brasil (2022-2023)

​​Memorare – Da pele da anciã é um espaço de reconhecimento e valorização dos saberes ancestrais femininos por meio de um processo artístico que convida à conexão com as raízes de nossa linhagem matrilinear. Através de proposições artivistas, desenvolve uma perspectiva crítica à matriz colonial e às instituições de poder que instituíram uma versão única para a história da nação, desvalorizando os saberes, os valores e os modos de vida das mulheres.

APOIO: SECEC-RJ / Retomada Cultural 2.

CONCEPÇÃO E REALIZAÇÃO: Silviane Lopes, Olivia von der Weid e Erika Rettl.

 

Vivências na aldeia Pataxó: saberes ancestrais femininos (2022-2023)

O projeto desenvolveu ações culturais de fortalecimento da atuação das lideranças femininas do povo Pataxó HãHãHãe da aldeia Iriri Kanã Pataxi Ui Tanara (Paraty-RJ). Com a assessoria do LAB CONATUS-UFF e o apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, o projeto realizou dois Encontros de mulheres indígenas e não indígenas na aldeia em 2022. Os encontros inauguraram a Horta Medicinal na aldeia e realizaram atividades de reconhecimento dos saberes tradicionais das mulheres indígenas no exercício do cuidado e nas práticas de cura, valorizando o seu papel na gestão e conservação da biodiversidade e na vida comunitária.

APOIO: SECEC-RJ / Povos Tradicionais Presentes 2.

INTEGRANTES: Olivia von der Weid, Bianca Arruda Soares e lideranças da Associação Comunitária Indígena Pataxó Hã hã hãe Kanã Pataxi Ui Tanara.

 

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